quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Quem tem as mãos limpas e o coração puro

"Do Senhor é a terra e tudo o que ela contém, a órbita terrestre e todos os que nela habitam, pois ele mesmo a assentou sobre as águas do mar e sobre as águas dos rios a consolidou. Quem será digno de subir ao monte do Senhor? Ou de permanecer no seu lugar santo? O que tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca as vaidades nem perjura para enganar seu próximo. Este terá a bênção do Senhor, e a recompensa de Deus, seu Salvador." (Salmo 23, 1-5)

Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor

"Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite. Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera. Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva. Por isso não suportarão o juízo, nem permanecerão os pecadores na assembleia dos justos." (Salmo 1, 1-6)

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Vida e história de Chiara Corbella Petrillo

Nascimento e namoro: Chiara e Enrico Petrillo: um jovem casal católico italiano de muita fé e oração. Chiara (Clara) Corbella Petrillo nasceu em 1984, Ela e Enrico (Henrique) tiveram um namoro cheio de términos, dúvidas e voltas. Mas com reflexão e oração, seu amor foi aumentando e se casaram muito apaixonados em 2008.
Casamento: Viviam em Roma, mas se casaram em Assis na igreja da Porciúncula, devido sua devoção a São Francisco. Os dois tinham sonhos como todo casal, mas não imaginavam o que Deus lhes preparava e as lições que eles dariam ao mundo.
Primeira filha: Pouco tempo depois, Chiara engravidou e colocou a criança nas mãos da Virgem Maria. Ao fazer exames, foi constatado que a criança nasceria alencéfala, ou seja, sem grande parte do cérebro. Essas crianças alencéfalas, após o parto, sobrevivem apenas por alguns minutos e logo falecem. Muitos médicos aconselham os pais a abortar, pois não vêem motivo por uma gravidez de 9 meses para uma criança que viverá apenas alguns minutos. Mas Chiara e Enrico se recusaram a abortar. Era a gravidez de uma menina e lhe deram o nome de Maria Grazia Letizia. Ao conversar com alguns médicos, eles se referiam à criança sempre com a palavra “feto” ao invés de “filha” e isso deixava Chiara triste. Ela deixou a gravidez continuar como se a menina fosse viver muitos anos. Ela se mexia e chutava muito na barriga da mãe, como se Deus quisesse dizer: “Ela é uma vida. É um ser humano como qualquer outro.” Chiara disse: “Deus nos confiou uma tarefa verdadeiramente nobre: cuidar de uma criatura que muitos descartariam, odiariam e esqueceriam no lixo de algum hospital.” E Enrico disse: “Ela é nossa filha e vamos acompanhá-la até onde pudermos.” Os dois ficaram ainda mais amorosos e deram testemunhos nas igrejas e grupos de oração. Algumas pessoas acharam estranho e alguns amigos do casal se afastaram deles. Por outro lado, eles ganharam novos amigos. Algumas pessoas disseram: “Que pena, justo com vocês...” E Chiara e Enrico ficavam tristes, pois isso era considerar a pequena menina como uma fatalidade. Padre Vito, amigo do casal desde o namoro, apóia-os em tudo. Chiara tirava fotos da barriga que crescia com muito orgulho. Ela e Enrico esperavam o nascimento da menina com muito amor, alegria e oração. No dia 10 de junho de 2009, nasce Maria Grazia Letizia de parto normal e tranqüilo, sem nenhuma dificuldade. Nenhuma das dificuldades previstas no parto aconteceram. Enrico pega a filha nos braços emocionado e Padre Vito logo a batiza. Chiara conta: “Eu e ela estávamos unidas por toda a vida. Se eu tivesse abortado, não penso que recordaria do dia do aborto como um dia de festa. Seria um momento que eu procuraria esquecer. Mas o dia do nascimento de Maria Grazia Letizia, eu poderei recordá-lo como um dos mais belos da minha vida e poderei contar aos filhos que o Senhor nos enviar que eles têm uma irmã que intercede por eles no Céu. Quero dizer para as mães que perdem seus filhos durante a gravidez: nós nos tornamos mães, tivemos esse dom.” Após o parto, a menina sobreviveu por apenas 30 minutos e logo faleceu. No dia 12 de junho de 2010, aconteceu o funeral da menina. Mas Chiara e Enrico não estavam lamentando. Os dois cantavam e tocavam louvores a Deus com violino e violão na igreja enquanto o velório acontecia. Os presentes disseram que foi lindo e pareceu uma festa do Céu, pela entrada da menina no Paraíso. Foi uma lição da eternidade que continua até para bebês como Maria Grazia. Chiara e Enrico disseram: “Não importa o tempo que passamos juntos. O importante é aquilo que será. O necessário é conhecer o Pai, é preciso preparar-se para esse encontro.”
Segundo filho: Meses depois, Chiara engravida novamente. Os amigos começam a dizer: “Desta vez será melhor. Nascerá saudável.” Como se Maria Grazia fosse algo ruim para ser esquecido. E Enrico e Chiara ficam tristes novamente. Ao fazerem exames, é constatado que é um menino, mas que nascerá sem as pernas e com algumas complicações graves nos órgãos. Isso fará com que ele sobreviva também por apenas alguns minutos após o parto. Chiara e Enrico não quiseram abortar. E novamente, esperam a gravidez com alegria e oração, tirando fotos com muito orgulho. Eles lhe deram o nome de Davide Giovanni. Enrico disse: “O Senhor está me dando uma cruz e eu devo carregá-la, pois nessa cruz vou descobrir algo que Ele quer me dizer.” E Chiara disse: “Antes de ele ser nosso filho, é primeiro filho de Deus.” Após o parto em 24 de junho de 2010, festa de São João Batista, Chiara e Enrico abraçaram o menino amorosamente e emocionados. Padre Vito conseguiu chegar novamente a tempo pegando carona com um motoqueiro para chegar mais depressa ao hospital e batizou o menino. O menino tinha um rosto belíssimo, encantador. Só não tinha as perninhas e problemas internos. Chiara disse que se pareceria com ela. Davide Giovanni viveu apenas 38 minutos após o parto e faleceu. Chiara disse: “O pequeno Davide recebeu como dom de Deus uma tarefa muito importante: a de abater os grandes Golias que estão dentro de nós. Abater nosso poder paterno de decidir sobre ele e no lugar dele. Ele era assim porque Deus precisava dele assim.”
Terceiro filho: Em 2011, Chiara engravida novamente. Sem saber se seria mesmo um menino, Chiara diz que se chamará Francesco. E desta vez, a criança não tinha deficiência. Era realmente um menino e crescia saudável e forte na barriga da mãe. Mas enquanto a gestação acontece, Chiara descobre nos exames que está com câncer maligno na língua. É um dos tumores mais agressivos e Chiara tem 27 anos na ocasião. O tumor é retirado numa cirurgia de seqüelas sofridas. Mas é necessário a quimioterapia. Porém, se ela for feita, colocará a vida do bebê em risco. Ao conversar com Chiara, novamente os médicos chamam o bebê sempre com a palavra “feto”, enquanto ela repete: “É Francesco, Francesco!” Chiara e Enrico decidem esperar a gravidez terminar e só depois fazer a quimioterapia. Ela disse: “Tive que defender meu filho como uma leoa, pois me incentivavam a abortar do que colocar minha vida em risco.” Perto do dia do parto, Chiara disse: “Quero que Francesco não esqueça dos irmãozinhos que tem no Céu. Ele tem ao seu lado estes enormes dons. Quero que ele os conheça bem.” Chega o dia do parto e Francesco nasce saudável. Chiara e Enrico choram de alegria. É imensamente amado pelos pais e eles sabem que esse sobreviverá. Chiara valorizava cada detalhe da vida de mãe e de cuidar do bebê. Mas rapidamente, ela faz os primeiros tratamentos do câncer. Sofre muito, mas nunca perde o bom humor.
Doença e últimos dias: Infelizmente, apareceram metástases no olho direito, pulmão, fígado e num seio. Os médicos lhe dizem que ela não tem chances de sobreviver e está em fase terminal. Ela pede ao médico: “Não me diga quanto tempo me resta porque quero viver o presente.” Todos os amigos e o marido choram, menos ela. Ela disse: “Eu parei de querer entender, caso contrário, a gente enlouquece. E estou melhor. Agora estou em paz. Acolho o que vier. Deus sabe o que faz e até agora Ele nunca me decepcionou. Depois entenderei. Se fosse antes, eu não teria suportado. Agora consigo se olho só para o dia de hoje. Para cada dia existe uma graça. Dia após dia, eu devo abrir espaço.” Não havia mais utilidade de fazer quimioterapia, apenas remédios para controle dos sintomas. Chiara passou os últimos dias de sua vida na casa dos pais, onde se reuniam para rezar o Terço com o povo. Seu amigo Padre Vito pôde celebrar a Missa ali nesses dias e deixar o Santíssimo no Sacrário. Chiara continuava sempre alegre, paciente e brincalhona. Ela sofre cada dia mais com as dores, os vômitos e dificuldade para respirar e se agarra em Jesus e Maria pela oração confiante. Chiara se unia a Jesus Crucificado. Ela disse: “Somos como crianças quando temos nossos caprichos e queremos dizer a Deus o que Ele deve fazer. Confiemos nas ordens do Senhor. Seguindo-as jamais ficaremos decepcionados.” Chiara chama os amigos e muito sorridente contou todas as maravilhas que o Senhor fez em sua vida. Disse a todos eles em tom de despedida: “Amo muito a todos vocês!” Ela queria que Padre Vito chegasse na sua última hora, coisa que seria difícil. Mas ele conseguiu. Veio e ela se alegrou. No dia 13 de junho de 2012, Chiara piora. Enrico está sempre ao seu lado e chora muito. Chiara entra em agonia. No último momento, Enrico sussurra no ouvido de Chiara: “Em paz me deito e logo adormeço. Só Tu, Senhor, me fazes descansar em segurança.” E Chiara falece em paz, com apenas 28 anos.
Exemplo do casal: Enrico ficou viúvo para cuidar de Francesco, que cresce forte e saudável mesmo sem a mãe, que arriscou sua vida para não comprometer a dele. O exemplo de Chiara e Enrico e sua história se espalharam e tocaram multidões em todo o mundo, pois eles passaram por coisas e situações comuns, mas viveram tudo com santidade. Eles não trataram seus filhos bebês falecidos como pequenos, mas como grandes pessoas, pessoas da mesma importância e valor que as outras. E os amaram com amor infinito. É assim que devemos amar as pessoas, sem considerar o tamanho nem a idade. É o amor incondicional ensinado por Jesus. Os bebês falecidos antes ou após o parto não devem ser esquecidos, mas lembrados e amados pelos pais. Devemos lembrar deles como grandes intercessores no Céu e parte da família. O Vaticano acolheu com carinho a causa da beatificação de Chiara Petrillo. E os devotos e admiradores desejam a canonização desta jovem tão recente.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Não espere

Não espere um sorriso para ser gentil.
Não espere ser amado para amar.
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está do seu lado.
Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante para você.
Não espere a queda para lembrar-se do conselho.
Não espere a enfermidade para reconhecer quão frágil é a vida.
Não espere ter dinheiro aos montes para então contribuir.
Não espere por pessoas perfeitas para então se apaixonar.
Não espere a mágoa para pedir perdão.
Não espere a separação para buscar a reconciliação.
Não espere elogios para acreditar em si mesmo.
Não espere a dor para acreditar em oração.
Não espere o dia de sua morte sem antes amar a vida!

Vida de Carlo Acutis

Nascimento: Este adolescente da foto usando óculos escuro pode ser mais um Santo jovem. Ele gostava muito de computador, de internet e vídeo game! Este é Carlo Acutis, falecido com apenas 15 anos. Ele nasceu em Londres, em 3 de maio de 1991, filho do casal italiano Andrea e Antonia. Mas poucos meses depois, foram morar na Itália, em Milão, onde Carlo viveu até o fim de sua vida. Desde criança, Carlo gostava muito de rezar, mais que seus próprios pais. Seus grandes amores eram Jesus e Maria. Ainda muito pequeno, ao passar na frente das igrejas, ele dizia: “Mãe, vamos entrar para cumprimentar Jesus e fazer uma oração.” Seus pais não eram de muita fé nem oração. Sua mãe disse: “Ele me fazia muitas perguntas profundas às quais não sabia responder. Ficava perplexa perante sua devoção. Era tão pequeno e tão cheio de certeza. Entendia que era algo seu, mas que também me envolvia. Foi assim que iniciei meu caminho de reaproximação da fé. Eu o segui.” 
Eucaristia: Já com 7 anos, Carlo pediu para fazer a Primeira Comunhão. Devido a sua grande devoção a Jesus Eucarístico, um padre lhe permitiu fazer. Sua mãe conta: “A partir disso, o centro da vida e do dia de Carlo era Jesus Eucarístico. Ele ia à Missa todos os dias. Visitava sempre o Sacrário por alguns minutos antes e depois da Missa.” Ele recebia a Comunhão com grande devoção e dizia: "A Eucaristia é o meu caminho para o Céu." Carlo gostava muito de saber sobre os milagres eucarísticos e pediu a seus pais para viajar até todas as cidades em que tinham ocorrido. Mas não pôde por causa de sua doença. Ele disse: “Somos mais afortunados que os Apóstolos que viveram com Jesus há 2000 anos: para nos encontrarmos com Ele basta que entremos na igreja. Jerusalém está ao lado de nossas casas.” Devoção a Maria: Era muito devoto de Nossa Senhora e ainda criança já rezava o Rosário completo todos os dias. Carlo dizia: “Nossa Senhora é a única mulher da minha vida.” Ele se consagrou várias vezes toda a sua vida a Nossa Senhora, principalmente nas visitas que fez aos Santuários de Lourdes e de Fátima. Carlo dizia: “A Eucaristia e o Terço são o meu kit para me tornar santo.” Ele também rezava com fervor pelas almas do Purgatório, oferecendo sacrifícios e penitências por elas. Impressionado com as mensagens de Fátima, ele também rezava e se preocupava com a conversão dos pecadores. Carlo ficava triste de ver a Igreja e o Papa incompreendidos.  
Jovem alegre: Sua biografia é de uma vida normal, um adolescente como os outros de sua idade. Gostava de brincar com os amigos e passear. Estava sempre alegre e sorridente. Era muito inteligente. Ele sempre falava para os amigos sobre Jesus e os convidava a ir à Missa junto com ele. Carlo vivia preocupado com aqueles amigos cujos pais estavam se divorciando e os convidava para sua casa para apoiá-los. Ele defendeu os direitos das pessoas com deficiência e defendia os colegas deficientes na escola quando eram zombados. Era extrovertido e amigo de todos na escola. Até os amigos sem religião gostavam de estar com ele. Ele não se interessava muito em usar roupas da moda. Certa vez, ele se aborreceu quando sua mãe lhe comprou um par de sapatos que ele não precisava muito dizendo que isso podia ir para quem mais precisa. Em seu quarto, havia um grande quadro de Jesus que estava à vista de todos. Em um caderno, ele escreveu: “A tristeza é olhar para si mesmo, a felicidade é olhar para Deus. A conversão não é outra coisa que desviar o olhar de baixo para cima. Basta um simples movimento dos olhos.” 
Diversão: Apesar de ter muita oração, Carlo não deixava de se divertir com seus amigos. Ainda encontrava tempo para tocar saxofone, jogar futebol, criar programas de computador, jogar videogames, assistir aos filmes de detetive, gravar pequenos vídeos com seus cães e gatos e tirar fotos. Além de estudar, é claro, porque ele freqüentou a escola milanesa Leão XIII.  
Pureza: Carlo se confessava com freqüência e dizia: “Um balão, para subir bem alto, necessita despojar-se de tudo aquilo que pesa. Assim faz a alma, para elevar-se ao Céu é necessário tirar esses pequenos pesos que são os pecados veniais. Se existe um pecado mortal, a alma cai sobre a terra e a Confissão será como fogo, o mesmo fogo que faz retornar o balão ao Céu. É preciso confessar-se freqüentemente porque a alma é muito complexa.” Era um adolescente muito puro e de grande castidade. Para isso, Carlo se recomendava às orações dos sacerdotes e religiosas que conhecia. Eles se encantavam com o fervor deste menino tão pouca idade. Ele era devoto de vários Santos e lia suas vidas, especialmente São Francisco, Santa Clara, Santa Bernadette, Santa Jacinta e Francisco, São Luis Gonzaga, São Tarcísio, São Domingos Sávio. Carlo não sabia que daria um exemplo de vida belo em seu tempo como eles. Ele disse: “Quanto mais Eucaristia recebermos, mais nos tornaremos como Jesus, para que nesta Terra tenhamos um antegozo do Céu." 
Jovem caridoso: Apesar de viver em Milão e ser de família com condições, havia muitos pobres e imigrantes na cidade. Carlo sempre pensava neles, nos pobres. Na hora do almoço, ele guardava a sobra da comida em recipientes e a levava para os moradores de rua que viviam na região. Todos do bairro o conheciam. Carlo sempre cumprimentava os vizinhos e os porteiros, muitos deles de outras religiões como muçulmanos e hindus. Em sua casa, trabalhava Rajesh, um brâmane hindu. Eles ficaram muito amigos a ponto de Rajesh se converter e pedir para receber os sacramentos. Conta Rajesh: “Ele me disse que seria mais feliz se eu me aproximasse de Jesus. Pedi o batismo cristão porque ele me contagiou e cativou com sua fé profunda, sua caridade e sua pureza. Sempre o considerei como sendo alguém fora do normal, porque um garoto tão jovem, tão bonito e tão rico normalmente prefere levar uma vida diferente.” Carlo jamais desperdiçava dinheiro, nem um centavo sequer, pois isso podia ir para quem mais precisa. Com suas primeiras economias, Carlo comprou um saco de dormir para um mendigo que via perto da igreja. Ele também fazia doações aos capuchinhos que dão comida aos sem-teto. Carlo não temia ser diferente dos outros se precisasse e dizia: “Nós nascemos originais e muitos morrem como cópias uns dos outros.” 
Internet: Carlo era apaixonado pela internet e por computador. Era ótimo em todos os programas de computação e colocou no ar um site com sobre todos os milagres eucarísticos, site depois traduzido para vários idiomas e ainda está online. Ele participou de várias atividades de evangelização em sua cidade. Morte e doença: No início de outubro de 2006, Carlo adoece. Parecia uma gripe normal. Acabava de terminar a apresentação de um vídeo com propostas de voluntariado para os alunos do colégio Leão XIII. Esse foi um trabalho difícil de fazer e considerava muito importante. A data da projeção era o dia 4 de outubro. Mas ele não pôde ir. Estava internado no hospital São Geraldo, em Monza. Não era uma gripe, mas sim uma leucemia fulminante, do tipo M3, a pior. Não havia nenhuma possibilidade de recuperação. Logo depois de atravessar as portas do hospital, disse à sua mãe: “Daqui não saio.” Mais tarde disse a seus pais: “Ofereço ao Senhor os sofrimentos que terei que padecer pelo Papa e pela Igreja, para não ter que estar no Purgatório e poder ir direto para o Céu.” Os sofrimentos chegaram e foram enormes. Apesar disso, quando uma enfermeira lhe perguntou como se sentia, ele respondeu: “Estou bem. Não acorde a minha mãe, que está cansada e irá se preocupar mais.” Pediu a Unção dos Enfermos e a “medicina” da Eucaristia. Recebeu com devoção e serenidade. O médicos e enfermeiros ficaram maravilhados com seu bom humor e paciência mesmo com dores atrozes. Continuava sorridente com todos e sempre muito gentil. Quando o médico que o acompanhava perguntou se sofria muito, Carlo respondeu com coragem: “Existem pessoas que sofrem muito mais do que eu!” Às 6:45 horas de 12 de outubro de 2006, dia de Nossa Senhora Aparecida, Carlo faleceu com apenas 15 anos. Após sua morte, seus órgãos foram retirados para doação e o jovem de santidade foi enterrado no cemitério de Assis, conforme pediu. No dia de seu funeral, a igreja e o cemitério ficaram lotados. Sua mãe recorda: “Havia gente que eu não conhecia de nenhum lugar. Pessoas desabrigadas, imigrantes, mendigos, crianças... Uma multidão que me falava de Carlo. Das coisas que ele havia feito por elas, e eu não sabia de nada. Davam-me testemunho da vida de meu filho, e eu me sentia órfã.” A fama do adolescente Carlo Acutis logo se espalhou pelo mundo inteiro, em muitos países. Jovens e adolescentes se identificaram rapidamente com seu exemplo e sua vida, sentindo-se chamados a imitá-lo, pois a santidade é um chamado para as coisas simples do dia a dia. Em 2018, o Vaticano o declarou como venerável. Seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto e aguarda a beatificação para ser exposto ao público, fato aguardado por muitos devotos.