As 13 aparições e mensagens de Nossa Senhora em Ghiaie di Bonate, Itália, aconteceram a Adelaide Roncalli, de 7 anos, de 13 a 31de maio de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Em algumas aparições, aconteceram curas milagrosas e fenômenos solares impressionantes em Ghiaie di Bonate e na Lombardia, além de milhares de pessoas presentes.
Primeira aparição: 13 de maio de 1944. Adelaide conta: “Neste sábado, pelas 18 horas, eu fui recolher flores de sabugueiro e margaridas em frente de imagem de uma Nossa Senhora. De repente, vi uma bela Senhora de vestido branco e um manto azul. No braço direito tinha um Terço composto de contas brancas e duas rosas brancas nos pés. Nossa Senhora estava acompanhada de São José e do Menino Jesus. Ela disse: 'Não fuja porque eu sou Nossa Senhora! Você deve ser boa, obediente, respeitosa com o próximo e sincera. Reze bem e volte neste lugar por nove noites sempre a esta hora.' Dito isto, desapareceu."
Segunda aparição: 14 de maio de 1944. Adelaide conta: "Eu estava no Oratório com as minhas colegas mas, mais ou menos as seis senti um grande desejo de correr ao local onde Nossa Senhora tinha me falado. Parti correndo com algumas minhas colegas, chegando no local instintivamente olhei para cima e vi passar duas pombas brancas, depois mais para cima vi um ponto luminoso que se aproximava e que delineava clara e majestosamente a figura da Sagrada Família. Nossa Senhora disse: 'Você deve ser boa, obediente, sincera, rezar bem e ser respeitosa com o próximo. Entre os seus 14 e 15 anos, você se tornará madre Sacramentina. Sofrerá muito, mas não desanime, porque depois virá comigo ao Paraíso.' Voltei com as minhas colegas para o Oratório. No meio do caminho encontrei um rapaz que me interrogou. Quando afirmei ter visto Nossa Senhora, ele ansioso me disse: 'Volte lá ainda para ver se Ela aparece de novo e pergunte se eu poderei ser sacerdote consagrando minha vida a Ela.' Voltei rapidamente ao local, olhei para o céu com a esperança que Ela reaparecesse. Realmente depois de alguns minutos se manifestou de novo a bela presença de Nossa Senhora, e com voz suave e materna, me respondeu: ‘Sim, ele será um Sacerdote Missionário segundo o Sagrado Coração, quando a guerra acabar.’" Dito isto lentamente desapareceu.” Anos depois, Cândido realmente se tornou sacerdote.
Terceira aparição: 15 de maio de 1944. Adelaide conta: "O ponto luminoso precedido de duas pombas apareceu e lentamente se aproximou manifestando a Sagrada Família mais luminosa do que de costume. Os olhos luminosos e azuis de Jesus Menino nesta aparição chamaram a minha atenção de forma particular. A roupinha que o cobria até os pés era lisa a forma de camisa, cor rosa cheia de estrelinhas de ouro. Pequenas estrelinhas formavam uma auréola em volta do rosto de Nossa Senhora, nos pés tinha duas rosas e entre as mãos as contas de um Terço. Muitas pessoas me tinham recomendado de dizer a Nossa Senhora para curar os seus filhos e de perguntar quando viria a paz. Disse tudo a Nossa Senhora que me respondeu: 'Diga a eles que se querem que os filhos se curem devem fazer penitência, rezar muito e evitar certos pecados. Se os homens fizerem penitência a guerra acabará entre dois meses, caso contrário, em pouco menos de dois anos.' Rezou comigo uma dezena de contas do Terço e depois lentamente se afastou até que desapareceu." Realmente, a guerra durou ainda até o verão de 1945, com a diminuição gradativa das hostilidades. Nossa Senhora tinha previsto corretamente.
Quarta aparição: 16 de maio de 1944. Adelaide conta: "Como nas outras noites o ponto luminoso precedido das pombinhas apareceu e Nossa Senhora com Jesus Menino e São José se manifestou de novo. As suas roupas eram como no dia anterior. Nossa Senhora me deu um sorriso e depois com o rosto sofredor me disse: ‘Tantas mães tem as crianças infelizes pelos seus pecados graves. Não façam mais pecados e as crianças se curarão.’
Pedi um sinal externo para satisfazer o desejo da gente. Ela me respondeu: ‘Também isto acontecerá a seu tempo. Reze pelos pobres pecadores que precisam das orações das crianças.’ Assim dizendo se afastou e desapareceu."
Quinta aparição: 17 de maio de 1944. Adelaide conta: "No horário justo fui para o local das aparições. As duas pombas apareceram antes do ponto luminoso e Nossa Senhora apareceu vestida de vermelho com o manto verde que tinha uma longa cauda. Entorno aos três círculos de luz estavam oito anjinhos vestidos alternadamente de azul celeste e rosa, todos na altura dos cotovelos de Nossa Senhora, formando um semicírculo. Apenas vi Nossa Senhora ela falou comigo e me confidenciou um segredo para ser revelado somente ao Bispo e ao Papa com estas palavras: ‘Diga ao Bispo e ao Papa o segredo que te confio... Te recomendo de fazer o que eu disse, mas não contar a mais ninguém.’ Depois lentamente desapareceu.”
Sexta aparição: 18 de maio de 1944. Adelaide conta: "A visita de Nossa Senhora foi precedida das duas pombinhas. A Virgem vestida de vermelho com o manto verde e circundada ainda dos anjinhos como ontem. Nossa Senhora me sorriu depois por três vezes repetiu estas palavras: ‘Oração e penitência. Reze pelos pecadores mais obstinados que estão morrendo neste momento e que machucam o meu Coração.’ Muitas pessoas tinham me pedido para perguntar a Nossa Senhora qual era a oração que ela mais gostava. Ela que me respondeu: ‘A oração que eu mais gosto é a Ave Maria.’ Dizendo isto Nossa Senhora lentamente desapareceu."
Sétima aparição: 19 de maio de 1944. Adelaide conta: "Como todos os outros dias, fui para o meu lugar onde tinha sido colocada uma pedra de granito na qual eu subia durante as aparições. Vi o ponto luminoso e neste a Sagrada Família. Nossa Senhora estava com um véu e vestido azul celeste. Uma faixa branca em torno aos quadris, tinha umas rosas aos pés e o Terço nas mãos. O Menino Jesus vestia ainda rosa com as estrelinhas de ouro e as mãozinhas unidas. O seu rosto era sereno quase sorridente. São José estava sereno mas não sorria, estava vestido de marrom, dos seus ombros descia um pedaço de tecido marrom a forma de manto e na mão direita tinha um bastãozinho de lírio florido. Estavam também ainda aos anjinhos. Nossa Senhora me olhou sorrindo, mas eu falei antes pela primeira vez e manifestei o desejo de muitos com estas palavras: ‘Nossa Senhora, as pessoas me pediram para perguntar se os filhos doentes devem ser trazidos aqui para que possam sarar.’ Com voz paradisíaca, Ela me respondeu: ‘Não, não é necessário que todos venham aqui. Aqueles que podem, venham. De acordo com os seus sacrifícios, serão curados ou continuarão doentes, mas não façam mais pecados graves.’ Pedi que ela fizesse algum milagre para que as pessoas acreditassem nas suas palavras: ‘Também isto acontecerá, muitos se converterão e eu serei reconhecida pela Igreja. Meditas nestas palavras cada dia da sua vida. Tenha coragem em todas as dificuldades. Você me verá na hora da sua morte, te colocarei embaixo do meu manto e te levarei ao Céu.’”
Oitava aparição: 20 de maio de 1944. Adelaide conta: "Como todos os outros dias fui para cima da pedra esperando a querida Nossa Senhora. Apareceu de novo a Sagrada Família e Nossa Senhora me disse: ‘Amanhã será a última vez que te falo, depois por sete dias te deixo pensar bem no que eu te disse. Procure entender bem, porque quando for maior te servirá muito se quiser ser toda minha. Depois destes sete dias voltarei ainda por quatro vezes.’”
Nona aparição: 21 de maio de 1944. Adelaide conta: “Esta aparição também foi precedida de duas pombas e no ponto luminosos se manifestou a Sagrada Família, vestida como ontem no meio de uma igreja. Na porta principal estavam um burrinho de cor cinzenta, uma ovelha branca, um cachorro de pelo branco com manchas marrons, um cavalo na normal cor marrom. Todos estes animais estavam ajoelhados e moviam a boca como se rezassem, De repente o cavalo se levantou, passou por trás de Nossa Senhor, saiu pela porta aberta e foi em direção a única estrada a qual conduzia a um campo de lírios, mas não teve tempo de pisar tantos quantos gostaria porque São José o seguiu e o pegou. O cavalo apenas viu São José, procurou se esconder perto de um pequeno muro que servia para cercar o campo de lírios, mas deixou-se pegar com docilidade e ser levado por São José de volta a igreja onde se ajoelhou e voltou a rezar. Aquele dia expliquei o fato só dizendo que o cavalo era uma pessoa ruim que queria destruir os bons. Ou simplesmente, para explicar melhor os sentimentos que aquela visão produziu em mim. No cavalo vi uma pessoa soberba e má, ávida por domínio, que abandonada a oração queria destruir os lírios daquele magnífico campo pisando e destruindo sem ser visto o seu frescor e simples candor. É preciso notar que enquanto o cavalo tentava massacrar aquele campo manifestava um sentido de malícia porque procurava não ser visto. Quando o cavalo viu São José procurando-o, abandonou o estrago furtivo e procurou esconder-se perto do muro do local. São José se aproximou, com um doce olhar de reprovação e o levou de novo para a casa de oração. Enquanto o cavalo fazia estragos, os outros animais não interromperam a oração. Os quatro animais representavam quatro virtudes indispensáveis para formar a Sagrada Família. O cavalo o chefe que não deve abandonar as orações porque longe dessa só é capaz de desordem e ruína. Repudia a paciência, a fidelidade, a mansidão e o silêncio familiar representados simbolicamente pelos animais. Nesta visão, ninguém falou e lentamente tudo desapareceu.”
Décima aparição: 28 de maio de 1944. Adelaide conta: "Nestes dias fiz a Primeira Comunhão. Como as outras noites fui levada ao local das aparições e o ponto luminoso apareceu novamente manifestando Nossa Senhora com os anjinhos e dois Santos ao seu lado. Nossa Senhora me disse: "Reze pelos pecadores obstinados que fazem sofrer o meu Coração porque não pensam na morte. Reze também pelo Santo Padre que passa por maus momentos. Tantos o maltratam e muitos atentam contra a sua vida. Eu o protegerei e ele não sairá do Vaticano. A paz não vai demorar, mas o meu Coração espera aquela paz mundial na qual todos se amem como irmãos. Só assim o Papa sofrerá menos.’ Nossa Senhora tinha nas mãos duas pombas pretas que simbolizavam a união que devem ter os cônjuges para formar a Sagrada Família sob o vigilante olhar de Nossa Senhora. Simboliza também que a sagrada família não pode existir se não vivermos esperançosos entre as mãos maternas de Nossa Senhora. Nossa Senhora não me revelou o nome dos dois Santos que tinha a seu lado. Somente por inspiração interna tive uma clara intuição do nome deles: São Lucas e São Judas. O nome Judas para mim traz uma triste recordação porque mesmo involuntariamente traí Nossa Senhora. Nesta aparição eu vejo a caridade maravilhosa de Nossa Senhora mostrando-me Judas Santo, porque quis prevenir-me e tornar-me cautelosa diante as provas que encontraria para afirmar a sua palavra materna e segura e que infelizmente eu não fui capaz. No meu coração sinto pesar o meu grande erro, mas mesmo imitando Judas traidor quero santificar-me seguindo o exemplo de Judas Santo, apóstolo e mártir por amor de Jesus e de Nossa Senhora. São Mateus inspira ao meu coração confiança na salvação porque ele também pecador seguiu Jesus e se fez apóstolo em seu nome. Os dois Santos estavam vestidos de roxo com manto marrom. Nossa Senhora estava vestida de vermelho com o manto verde, na fronte tinha um diadema forma de coroa coberto de pequenas pérolas luminosas de diversas cores. Antes de distanciar-se, olhou para os dois Santos, depois lentamente desapareceu."
Décima-primeira aparição: 29 de maio de 1944. Adelaide conta: "Também nesta aparição, Nossa Senhora apareceu com os anjinhos, vestida de vermelho com o manto verde e a sua manifestação foi precedida por duas pombinhas e do ponto luminoso. Entre as mãos tinha ainda as duas pombas de penas escuras e no braço o Terço. Nossa Senhora me sorriu e disse: ‘Os doentes que querem sarar devem ter maior confiança e santificar os seus sofrimentos se querem ir ao Paraíso. Se não fizerem isto, não receberão nenhum prêmio e serão severamente castigados. Espero que todos aqueles que conhecem minha palavra façam todos os esforços para merecer o Paraíso. Aqueles que sofrerem sem lamento obterão de mim e do meu Filho tudo que pedirem. Reze muito por aqueles que têm a alma doente. O meu Filho Jesus morreu na Cruz para salvar todos. Muitos não compreendem estas minhas palavras e por isto eu sofro.’ Enquanto Nossa Senhora levava a mão a boca para mandar-me um beijo com o indicador e o polegar unidos, as duas pombinhas voaram em volta dela enquanto ela se distanciava muito devagar."
Décima-segunda aparição: 30 de maio de 1944. Adelaide conta: "Nesta aparição Nossa Senhora apareceu vestida de rosa com o véu branco. Não tinha as pombinhas pretas entre as mãos e em torno dela tinham só os anjinhos. Com um sorriso mais que maternal me disse: ‘Querida menina, você é toda minha, mas mesmo estando no meu Coração, amanhã te deixarei neste vale de lágrimas e dor. Você me reverá na hora da sua morte e enrolada no meu véu te levarei ao Céu. Com você também irão todos aqueles que te compreendem e sofrem.’ Abençoou e se distanciou mais rapidamente que nos outros dias.”
Décima-terceira aparição: 31 de maio de 1944. Adelaide conta: “Neste dia Nossa Senhora apareceu às oito horas da noite. Estava vestida como na primeira aparição. Sorria, mas o seu sorriso não era belo como das outras vezes, mas a sua voz era suave. Disse-me. ‘Querida filhinha, sinto muito ter que te deixar, mas a minha hora passou. Não se assuste se por um pouco não me verá. Pensa no que te disse, na hora da sua morte virei de novo. Nesta vale de dores, você será uma pequena mártir. Não perca a coragem. Desejo logo o meu triunfo. Reze pelo Papa e diga-lhe para fazer logo porque quero ser zelosa com todos neste local. Qualquer coisa que me for pedido, intercederei junto a meu Filho. Serei a sua recompensa se o seu martírio for alegre. Estas minhas palavras te servirão de conforto na provação. Suporte tudo com paciência e virá comigo no Paraíso. Aqueles que voluntariamente te farão sofrer, não irão para o Paraíso se antes não tiverem consertado tudo e se arrependido profundamente. Fique alegre, pois nos veremos ainda, minha pequena mártir.’ Senti um doce e suave beijo na minha fronte, depois como nas outras noites desapareceu.”